Olá super mamães, estava sentindo muita falta de escrever por aqui, acredito que ainda terei muitas e idas e vindas, Davi está cada dia mais espero, mal aprendeu a andar já está correndo pela casa (risos), mexe em tudo, precisa e quer atenção constante, por esse motivo tenho ficado afastada, pensei que com o tempo ia ser mais fácil, mas confesso que pelo menos por enquanto tá difícil retornar com força total (risos), mas está sendo muito satisfatório poder participar tão ativamente da vida do meu filhote nesses primeiros meses de vida, já se foram 15 meses, passa rápido, por isso devemos aproveitar bastante e curtir cada momento único dessa fase maravilhosa.
Hoje mesmo li um texto maravilhoso que resolvi compartilhar com vocês aqui no blog, para que fique registrado e que cada mãezinha que for ler possa partilhar com outras mamães amigas. Minha passadinha está sendo breve, com poucas palavras minhas, mas espero logo poder voltar a fazer um texto só meu para a que possam voltar a curtir as experiências diárias de nossa rotina. Por enquanto vale a leitura de cada linha abaixo. Um abraço carinhoso a cada uma de vocês!
"Os bebês humanos estão entre os mais indefesos de todos os
mamíferos. Por causa do maior tamanho do cérebro e do fato de que o
tecido nervoso necessita de mais calorias para se manter que qualquer
outro, grande parte do alimento ingerido é gasto
em prover nutrição e calor para as células nervosas. Mais significante é
o fato de que nossos bebês necessitam nascer mais cedo do que deveriam,
com seus cérebros ainda não totalmente desenvolvidos. Se o bebê humano
nascesse já com o sistema nervoso central amadurecido, sua cabeça não
passaria pela pelve estreita da mãe no momento do parto. Ao contrário de
outros mamíferos, como girafas e cavalos, o recém-nascido humano é
incapaz de andar por um longo período após o nascimento, porque lhe
falta o aparato neurológico maduro para tanto. O custo primal de ter um
cérebro grande é que nossos filhotes nascem extremamente dependentes e
em necessidade constante de cuidado.
O crescimento do nosso
cérebro após o nascimento é mais rápido do que o de qualquer outro
mamífero e segue neste ritmo por 12 meses.
A seleção natural
demanda que pais humanos cuidem de seus filhos por um longo período e
que os filhos dependam dos pais. Esta necessidade mútua traduz-se em um
estado emocional chamado “apego”.
Em algumas culturas, como na
tribo !Kung, bebês raramente choram por longos períodos e não há sequer
uma palavra que signifique “cólica”. As mães carregam os bebês junto ao
corpo, com um aparato semelhante a um “sling”, mesmo quando saem para a
colheita. A relação mãe-bebê é considerada sacrossanta, eles permanecem
juntos o tempo todo. O bebê tem livre acesso ao seio materno e vê o
mundo do mesmo ponto de observação que sua mãe.
Nossa cultura
ocidental não permite um estilo de vida idêntico ao de tribos
primitivas, mas podemos tirar lições valiosas sobre como ajudar nossos
bebês na adaptação à vida extra-uterina.
Nos primeiros 3
meses de vida, o bebê humano é tão imaturo que seria benéfico a ele
voltar ao útero sempre que a vida aqui fora estivesse difícil.
É preciso compreender o que o bebê tinha à sua disposição antes do
nascimento, para saber como reproduzir as condições intrauterinas. O
bebê no útero fica apertadinho, na posição fetal, envolvido por uma
parede uterina morninha, sendo balançado para frente e para trás a maior
parte do tempo. Ele também estava ouvindo constantemente um barulho
"shhhh shhhh", mais alto que o de um aspirador de pó (o coração e os
intestinos da mãe).
A reprodução das condições do ambiente
uterino leva a uma resposta neurológica profunda "o reflexo calmante".
Quando aplicados corretamente, os sons e sensações do útero têm um
efeito tão poderoso que podem relaxar um bebê no meio de uma crise de
choro.
Os 5 métodos para acalmar um bebê até 3 meses de idade
são extremamente eficazes SOMENTE quando executados corretamente. Sem a
técnica correta e o vigor necessário, não adiantam em nada.
1. Pacotinho ou casulo (embrulhar o bebê apertadinho)
A pele é o maior órgão do corpo humano e o toque é o mais calmante dos
cinco sentidos. Embrulhadinho, o bebê recebe um carinho suave. Bebês
alimentados, mas nunca tocados, freqüentemente adoecem e morrem. Estar
embrulhadinho não é tão bom quanto estar no colo da mãe, mas é um ótimo
substituto para quando a mãe não está por perto.
Bebês podem
ser embrulhados assim que nascem. Apertadinhos, de forma que não mexam
os braços. Eles se sentem confortáveis, "de volta ao útero". Bebês mais
agitados precisam mais de ser embrulhados, outros são tão calmos que não
precisam.
Se o bebê tem dificuldade para pegar no sono, pode
ser embrulhado apertadinho, não é seguro colocar um bebê para dormir
com um cueiro solto. Não permita que o cueiro encoste no rosto do bebê.
Se estiver encostando, o bebê vai virar o rosto procurando o peito, ao
invés de relaxar.
Todos os bebês precisam de tempo para
espreguiçar, tomar banho, ganhar uma massagem. 12-20 horas por dia
embrulhadinho não é muito para um bebê que passava 24 horas por dia
apertadinho no útero. Depois de 1 ou 2 meses, você pode reduzir o tempo,
principalmente com bebês tranqüilos e calmos.
2. Posição de Lado
Quanto mais nervoso seu bebê estiver, pior ele fica quando colocado
sobre as costas. Antes de nascer, seu bebê nunca ficou deitado de
costas. Ele passava a maior parte do tempo na posição fetal: cabeça para
baixo, coluna encolhida, joelhos contra a barriga. Até adultos, quando
em perigo, inconscientemente escolhem esta posição.
Segurar o
bebê de lado ou com a barriga tocando os braços do adulto ajuda a
acalmá-lo (a cabeça fica na mão do adulto, o bumbum encostado na dobra
do cotovelo do adulto, com braços e pernas livres, pendurados). Carregar
o bebê num sling, com a coluna curvada, encolhidinho e virado de lado,
tem o mesmo efeito. Atualmente especialistas são unânimes em dizer que
bebês NÃO DEVEM SER POSTOS PARA DORMIR DE BRUÇOS, pelo risco de morte
súbita.
O bebê não sente falta de ficar de cabeça para baixo,
como no útero, porque na verdade o útero é cheio de fluido e o bebê
flutua, como se não tivesse peso algum. Do lado de fora, sem poder
flutuar, virado de cabeça para baixo, a pressão do sangue na cabeça é
desconfortável.
3. Shhhh Shhhh - O som favorito do bebê
O som "shhh shhh" é parte de quem somos, tanto que até adultos acham o som das ondas do mar relaxante.
Para bebês novinhos, "shhh" é o som do silêncio. Ele estava acostumado a
ouvir tal som 24 horas por dia, tão alto quanto um aspirador de pó.
Imagine o choque de um bebê acostumado a tal som o tempo todo chegando a
um mundo onde as pessoas cochicham e caminham na ponta dos pés,
tentando fazer silêncio!
Coloque sua boca 10-20 cm de
distância dos ouvidos do bebê e faça "shhh", "shhh". Aumente o volume do
"shh" até ficar tão alto quanto o choro do bebê. Pode parecer rude
tentar "calar" um bebê choroso fazendo "shh", mas para o bebê, é o som
do que lhe é familiar.
Na primeira vez fazendo "shhh", seu
bebê deve calar pós uns 2 minutos. Com a prática, você será capaz de
acalmar o bebê em poucos segundos. É ótimo ensinar isso aos irmãos mais
velhos, que adorarão poder ajudar e acalmar o bebê.
Para
substituir o "shhh", pode-se ligar:- secador de cabelos ou aspirador de
pó- som de ventilador ou exaustor- som de água corrente- um CD com som
de ondas do mar- um brinquedo que tenha sons de batimentos cardíacos-
rádio fora de estação ou babá eletrônica fora de sintonia- secadora de
roupas ligada com uma bola de tênis dentro- máquina de lavar louças
O barulho do carro ligado também acalma a criança.
4. Balanço
"A vida era tão rica no útero. Rica em sons e barulhos. Mas a maior
parte era movimento. Movimento contínuo. Quando a mãe senta, levanta,
caminha e vira o corpo - movimento, movimento, movimento."(Frederick
Leboyer, Loving Hands)
Quando pensamos nos 5 sentidos - visão,
audição, tato, paladar e olfato - geralmente esquecemos o sexto
sentido. Não é intuição, mas a sensação de movimento no espaço.
Movimento rítmico ou balanço é uma forma poderosa de acalmar bebês (e
adultos). Isso porque o balanço imita o movimento que o bebê sentia no
útero materno e ativa as sensações de "movimento" dentro dos ouvidos,
que por sua vez ativam o reflexo de acalmar.
Como balançar?
1. Carregando o bebê num "sling" ou canguru;
2. Dançando (movimentos de cima para baixo);
3. Colocando o bebê num balanço;
4. Dando tapinhas rítmicos no bumbum ou nas costas;
5. Colocando o bebê na rede;
6. Balançando numa cadeira de balanço;
7. Passeando de carro;
8. Colocando o bebê em cadeirinhas vibratórias (próprias para isso);
9. Sentando com o bebê numa bola inflável de ginástica e balançando de cima para baixo com ele no colo;
10. Caminhando bem rapidamente com o bebê no colo.
Quando balançar o bebê, seus movimentos devem rápidos mas curtos. A
cabeça do bebê não fica sacudindo freneticamente. A cabeça move no
máximo 2-5 cm de um lado para o outro. A cabeça está sempre alinhada com
o corpo e não há perigo de o corpo mover-se numa direção e cabeça
abruptamente ir na direção oposta.
5. Sucção
No útero, o bebê está apertadinho, com as mãos sempre próximas ao rosto,
sugando os dedos com freqüência. Quando nasce, não mais consegue levar
as mãos à boca. A sucção não-nutritiva é outra forma de acalmar o bebê. A
amamentação em livre demanda não é recomendada somente para garantir a
nutrição do bebê e a produção de leite da mãe, mas também para suprir a
necessidade de sucção não-nutritiva. Alguns especialistas orientam às
mães a darem chupetas para isso, mas ainda que a chupeta seja oferecida
ao bebê, não deve ser introduzida nas 6 primeiras semanas de vida,
quando a amamentação ainda está sendo estabelecida. Há sempre o risco de
haver confusão de bicos e o bebê sugar o seio incorretamente.
É importante lembrar que o bebê nunca chora à toa. O choro nos
primeiros meses de vida é a única forma de comunicar que algo está
errado. Ainda que ele esteja limpo e bem alimentado, muitas vezes chora
por necessidade de aconchego e calor humano. Por isso, falar que bebê
novinho (recém nascido até 3 meses ou mais) faz manha (no sentido de
chorar para manipular "negativamente" os pais) não tem sentido. Bebês
novinhos simplesmente não tem maturidade neurológica para tanto."
Texto elaborado por Flavia Mandic.
Bibliografia:
The Happiest Baby on The Block, Dr. Harvey Karp, Bantam Dell, 2002. New York.
Our Babies, Ourselves: How Biology and Culture Shape the Way We Parent, Meredith F. Small, Anchor Books, 1998. New York.
Links para baixar o som do utero materno:
http://www.4shared.com/file/10517119/c2fe183/15-Johnson_sBaby-LocuoBabyCalm.html.
http://www.4shared.com/file/10517628/554a9453/16-Johnson_sBaby-BabyCalm_SomdoteroMaterno_.html
Vídeo de como enrolar o bebê:
http://www.youtube.com/watch?v=B8FheWM83rY
Vídeo do Dr. Karp - legendado
Parte 1:
http://www.youtube.com/watch?v=iTzDwUXGqdM
Parte 2:
http://www.youtube.com/watch?v=SXIaikdf-zs
Parte 3:
http://www.youtube.com/watch?v=6qzJPvXCzAo
Parte 4:
http://www.youtube.com/watch?v=dep8hRC4VNk
O sling faz praticamente todas as funções da teoria da extero-gestação ao mesmo tempo.
Texto retirado do grupo GVA, no Facebook.
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